A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) é uma organização profissional, constituída por pessoal com funções policiais, independentemente da categoria ou posto na escala hierárquica, da Polícia de Segurança Pública.
domingo, 15 de julho de 2012
Forças de segurança admitem avançar com ações de luta
Os sindicatos e associações representativas das forças de segurança admitem avançar com ações de luta contra algumas políticas governamentais, por considerarem que põem em causa os direitos dos profissionais e a segurança dos cidadãos. A Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança - que reúne organizações representativas da GNR (APG/GNR), da PSP (ASPP/PSP), do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF), Polícia Marítima (ASPPM) e Guardas Prisionais (SNCGP) - decidiu na quinta-feira agendar "para breve" uma reunião para debater as questões que envolvem o sector. Os profissionais estão "preocupados com os efeitos do plano de austeridade apresentado recentemente pelo Governo, porque poderá ter reflexos graves a nível socioprofissional e da qualidade do serviço prestado aos cidadãos", contou à Lusa o secretário nacional da comissão coordenadora permanente(CCP), Paulo Rodrigues. A CCP decidiu agendar "para breve" um novo encontro para "analisar o impacto das medidas governamentais na área de segurança interna, não estando descartada a possibilidade de ações de luta a levar a cabo contra o constante ataque governamental efetuado a estes Funcionários Públicos". Paulo Rodrigues sublinhou que o Governo tem "mostrado dificuldades em refletir sobre o sector", dando como exemplo dessa dificuldade o "discurso pouco uniforme" dos vários responsáveis políticos. "Ouvimos o grande plano do Governo durante a campanha eleitoral em que se apresentava uma alteração à segurança interna. Depois a ministra Justiça veio dizer que não ia haver qualquer alteração ao modelo, entretanto veio o ministro dizer que havia duplicação de serviços e que isso teria de acabar. Mas já outro ministro veio dizer que seriam feitas apenas pequenas modificações", resumiu Paulo Rodrigues. Os discursos "contraditórios", defende o secretário da confederação, "refletem que não há um rumo para a questão da segurança interna e isso é preocupante porque vai acabar por se refletir de forma negativa nas questões sócio-profissionais e na qualidade da segurança interna". A CPP espera que o executivo esclareça o que pretende fazer na área da segurança e que as "posições dos ministros comecem a ir todas no mesmo sentido".
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